Das coisas que me consomem
Em minha sanidade
Das penas que remoem
Minhas penas
Das cenas que nunca sairão
de minhas manhãs
Das renas que não mais Natais
Trarão
Das dezenas de por quês em suas
Centenas de não-seis
Das trocentas dúvidas, escancaradas
Com simples doses
Dos muitos quereres de sempre ser
Tudo igual…
Quando chega a madrugada descobrimos
Que nada é estável
Tudo muda sem querermos…
Tudo assusta
Tudo urge
Como o tempo no fundo do despertador
Do fim do mundo.